People in nature, Human body, Head, Sleeve, Gesture, Art, Font
Human body, Gesture

...O ANTES, O COMEÇO, SE FAZ AGORA...

A idealização do Antes do tempo existir acontece a partir de uma constelação de encontros e trocas artísticas entre a artista Andreia Duarte e líderes, pensadores e artistas indígenas, como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Denilson Baniwa, Jaider Esbell, Naine Terena, Zahy Guajaraja e tantos outros.

As trocas geradas nesses encontros ilustraram o desejo da cena na forma de rabiscos em caderno, fundando o conceito do trabalho especialmente entre os anos de 2019 a 2021. Toda a elaboração foi sendo concretizada com a formação do coletivo de criação e produção que começa a trilhar juntos a partir de agosto de 2021.

Performing arts, Sleeve, Headgear, Entertainment
Slope

ENTRE

O REAL E A

FICÇÃO

NADA NOS

IMPORTA!

ENTRE

O REAL E A

FICÇÃO

NADA NOS

IMPORTA!

No Antes do Tempo Existir mantemos o nosso olhar no atravessar de diferentes mundos que dialogam e trocam sobre formas plurais de estar em vida.  Não temos o interesse em resolver o que é real ou ficção na encenação, pois não há na criação o comprometimento com uma verdade.

A proposta desmistifica o papel tradicional do texto no teatro, entendendo a dramaturgia como o conjunto de sentidos propostos por todos elementos cênicos. Buscamos a teatralidade na história dos sujeitos e no jogo da cena que aponta questões cosmopolítica e coletiva, tensionando maneiras exclusivistas na produção artística.

PROPOSTA DE ENCENAÇÃO

O espetáculo é feito com artistas que trazem a criação na vida e estão menos implicados com a ideia de determinar linguagens. A nossa composição flui em distintas maneiras como na projeção sonora visual, pela música, nas artes plásticas, performance, oralidade, canto e dança.


Nesse espaço criativo tudo pode acontecer: o vento move a cena e o ventilador industrial escancara a realidade. A obra desfalece por meio do cenário quando entram e saem objetos de contraregragem, em um habitar cênico que se transforma a todo momento reinventando o tempo no próprio fazer teatral.

People in nature, Creative arts, Art
Human

PROCESSO CRIATIVO

Encontros em 2021

Entramos para a sala de ensaio trazendo noções que apontaram pistas para os primeiros materiais cênicos. Fizemos reuniões reflexivas online e seguimos com os artistas Andreia Duarte, Kenia Dias e Lucas Pradino realizando um processo criativo intensivo de maneira presencial.

Nesse momento emergiram os princípios da pele, osso e músculo no espaço. A suspensão do tempo, os pontos de vista do corpo, a memória reduzida à própria vida e a pergunta:

Amber

ainda é possível

negociar com o vento?

ainda é possível negociar com o vento?

ainda é possível negociar com o vento?

ainda é possível

negociar com o vento?

  ainda é possível

negociar

   com o vento?

Flash photography, Performing arts, Gesture, Artist, Entertainment, Elbow, Dance, Music
Slope

O caminho foi apresentado de maneira online em dois encontros, por meio de vídeos pílulas e bate-papo que geraram reflexões entre toda equipe.

Guiamos o percurso para a realização de uma imersão com toda equipe e artistas em um encontro de experiências coletiva e criativa para construção do espetáculo.

A imersão aconteceu entre os dias 25 a 29 de outubro de 2021, de 10h – 18h, na Sp Escola de Teatro e participaram os artistas Andreia Duarte, Denilson Baniwa, Jaider Esbell, Kenia Dias, Lucas Pradino, Rodrigo Gava e Zahy Guajajara.

Water, Fluid, Lighting

homenagem a

JAIDER

ESBELL

O artista Macuxi, Jaider Esbell falece no dia 02 de novembro de 2021, uma semana após a imersão criativa do Antes do Tempo Existir.

O nosso silêncio continua no tempo.

Nos reconhecemos no movimento do ser Jaider Esbell, que sempre trouxe a potência da autonomia artística indígena no compromisso com a vida.

ARGUMENTO SOBRE

O TEMPO

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O líder indígena Ailton Krenak explica que no tempo do mito não existe a angústia da certeza sobre o futuro da vida; pois não há uma garantia de duração. Ele faz parte de uma temporalidade mágica que como uma porta, se abre convidando para atravessar e interagir no mundo enquanto uma experiência coletiva.  

O tempo dilatado dessa vivência permite uma relação afetiva que expande as possibilidades de comunicação entre as existências. É um lugar de conexão onde o vento, o animal, o vegetal, os espíritos da floresta, a chuva e os humanos são seres que possuem os seus habitats, alimentos, têm personalidade e se relacionam entre si.

Ainda que a sociedade urbana esteja no tempo da urgência, onde toda a cronologia é pautada para a produção capitalista, a ancestralidade é atuante. Quando o antropocentrismo gera ameaça no mundo, degradando o ambiente, poluindo o ar, queimando a floresta ou destruindo o rio, todos os seres que habitam o planeta ficam chateados e podem vingar dos humanos emanando doenças, provocando terremotos e furacões.

Diante do tempo cronológico que reduz a memória ao individualismo e faz o humano esquecer o sentido primeiro do existir, ou seja, do ar que respiramos, da água que bebemos, da origem natural de tudo o que é vida; nós nos perguntamos: ainda é possível uma negociação com o mundo?

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Antes mesmo do tempo existir, a memória longínqua originária presente nos povos indígenas sempre mostrou a complexidade da vida e a necessária reciprocidade das existências no planeta.

Assim que esses povos reverenciaram a beleza do mundo em seus corpos, dançando e cantando para entrar no ritmo do planeta.

Performing arts, Entertainment

processo criativo

Encontros em 2022 e estreia

DEIXAMOS O TEMPO PASSAR...

Foi assim que conseguimos retornar ao material criado na imersão em 2021.

Muitas pistas cênicas foram construídas que mostraram a atitude do vento em nossos corpos e o poder da palavra na ponta boca. Vimos o protagonismo da onça, a memória expandida e o jogo dos escapes nos corpos.

Reconhecemos a continuidade dramatúrgica no trabalho, importante para ser retomada na realização que organizamos em três etapas, potencializadas especialmente por meio das parcerias institucionais com a Biblioteca Mário de Andrade, Goethe-Institut e MITsp – Mostra Internacional de Teatro.

Biblioteca
Mário de Andrade

Na Biblioteca Mário de Andrade foi dada continuidade à criação do espetáculo por meio de uma imersão, com aberturas do processo criativo para o público, seguidas de conversas com os artistas criadores.


SERVIÇO
Apresentação do
processo criativo
02, 03 e 04 de abril,
9, 10 e 11 de abril.
Horário: 19h

Goethe-Institut

Nove dias de imersão criativa no Goethe-Institut São Paulo para fechamento do espetáculo. Ocorreu um ensaio aberto ao público e duas conversas abertas sobre os conceitos fundantes do trabalho.

Serviço
Abertura de processo para o público:
09 de maio 19h

Conversas:
“Antes do Tempo existir -
O teatro que queremos”
com Denilson Baniwa, Andreia Duarte e Kenia Dias: 03 de maio às 19h.

O Protagonismo do vento
com Denílson Baniwa e Lilly Baniwa:  
07 de maio às 19h.

Estreia do espetáculo em junho de 2022.

Serviço
Sexta-feira 10 de junho às 18h
Sábado e domingo 11 e 12 de junho às 21h

Teatro Cacilda Becker
R. Tito, 295 - Lapa, São Paulo





MITsp - Mostra Internacional
de Teatro de São Paulo

Liquid, Triangle, Slope
Flower, Purple, Petal, Plant, Violet

FICHA TÉCNICA

AGRADECIMENTOS

Ailton Krenak
Davi Kopenawa
Guilherme Marques
Antônio Araújo
Rafaela Campos
Renata Tupinambá
Karine Legrand

Direção geral e concepção
Andreia Duarte

Direção cênica e dramaturgia
Kenia Dias e Ricardo Alves Jr.

Dramaturgia
Andreia Duarte, Kenia Dias e Ricardo Alves Jr

Artistas em cena
Andreia Duarte, Denilson Baniwa,
Lilly Baniwa e Rosa Peixoto

Criação coletiva
Todos os artistas envolvidos.
Destaque para Jaider Esbell (in memorian) e Zahy Guajajara que estiveram presentes na primeira imersão.

Textos
Artistas em cena

Assistente de direção e iluminação
Lucas Pradino
Trilha sonora
Barulhista
Espaço Cênico e Figurino
Renato Bolelli
Cosmos e Performance Pajé Onça
Denilson Baniwa
Criação de vídeo e coordenação técnica
Rodrigo Gava
Oficina de voz
Silvana Stein
Direção de produção
Juliana Pautilla
Produção
André Lucena (2021 / 2022)
Produção técnica local
Victor Gally (SP Escola de Teatro)
Will Zimolo (Biblioteca Mário de Andrade)
Cenotécnica e costura
Enrique Casas
Operação de luz e vídeo
Lucas Pradino, Ricardo Barbosa


Comunicação visual + desenvolvimento do site
Casaplanta | Amanda Dafoe
Fotografia
Amanda Dafoe, Francio De Holanda, Guto Muniz, Paulo Salles, Ricardo Alves Jr, Silvia Machado.
Edição de vídeo
Gabriel Veronezzi
Difusão internacional / international diffusion
Natália Machiavelli
Cataring
Cléria de Oliveira Moura
Parceria
Casaplanta
Móbili
SP Escola De Teatro
Translapas
Apoio Cultural
Goethe-Institut
Biblioteca Mário de Andrade
Co-realização
Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo através da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc
MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Realização
OUTRA MARGEM


Dishware, Chair, Serveware, Toy

OUTRA MARGEM
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CONTATO
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Direção
Andreia Duarte

Colaboração curatorial e produção
Luna Rosa Recaldes

Administração e produção
Arami Argüello

Comunicação visual e design
Casaplanta | Amanda Dafoe




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